Mercado esportivo, um mundo de possibilidades

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Por Fernando Trevisan

Há muitos anos o esporte deixou de ser visto apenas como uma atividade lúdica para se transformar em um gigantesco negócio. Principalmente em mercados mais desenvolvidos, como nos Estados Unidos e na Europa, o esporte é reconhecido como parte relevante da indústria do entretenimento, movimentando cerca de US$ 500 bilhões todo ano. No Brasil, o conceito de esporte como negócio é recente, ainda que tenha avançado bastante desde os anos 90. Por conta disso, é um mercado de trabalho pouco estruturado em comparação com outros setores, mas com um potencial muito grande exatamente por conta disso: ainda há muito por fazer e os mais preparados têm tudo para se destacar.

A cadeia de negócios esportivos envolve todas as atividades desenvolvidas para atender à demanda das pessoas por prática ou audiência esportiva. Desde o corredor de rua que compra vestimentas e acessórios para seu hobby, até o torcedor que paga um canal fechado para assistir ao seu time de futebol, passando pelas empresas que vinculam suas marcas com atletas, clubes e campeonatos, todos eles estão fazendo girar a cadeia econômica do esporte. Se pensarmos em tudo aquilo que envolve, por exemplo, a realização de uma partida oficial do Campeonato Brasileiro de futebol, vamos entender a real dimensão deste negócio, que vai muito além do que acontece nas quatro linhas: existe a marca que patrocina o campeonato, a rede de transmissão que comprou o direito de exibir o evento, o torcedor que comprou seu ingresso pelo site da empresa responsável, a lanchonete e a loja oficial do clube mandante que oferece seus produtos durante a partida, a imprensa que faz a cobertura jornalística, a federação que é responsável pelo torneio, a audiência que acompanha o resultado pelo celular, o telão que exibe as marcas envolvidas com o espetáculo… ufa!

Nenhum exemplo melhor que o futebol para mostrar a gama de atividades envolvidas com uma prática esportiva de alto nível, já que essa modalidade representa quase metade de tudo que se consome em relação a esporte no mundo. Mas é importante saber que há muitas outras oportunidades para quem quer trabalhar na gestão esportiva além de um clube de futebol, que ainda é um segmento bastante fechado para novos talentos. Federações, clubes ou ligas relacionadas com outras modalidades esportivas precisam muito de profissionais qualificados para contribuírem com seus projetos de desenvolvimento: Vôlei, Rugby, Basquete e Judô são alguns exemplos. Empresas de material esportivo ou que patrocinam esportes podem ser outras áreas interessantes para se trabalhar com gestão e marketing. Até empresas que organizam eventos como corridas de rua, academias de fitness, agências de turismo especializadas, escritórios de direito desportivo, todas elas são oportunidades para profissionais devidamente capacitados.

Esporte é um negócio com alto potencial lucrativo e que pode cada vez mais ser considerado como opção de carreira no Brasil. Assim como qualquer outro setor econômico, requer gente qualificada e estruturas profissionais para avançar como indústria. Para conseguir ingressar e crescer no segmento, o profissional precisa se capacitar, desenvolver uma rede ampla de relacionamento e saber levar sempre em consideração aquilo que torna o esporte uma atividade tão atraente: a emoção.

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